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Diversificação o lado oculto: Por Que os Grandes Investidores Rejeitam a Diversificação

 A diversificação tem sido espalhada como um ponto fundamental, entretanto minhas pesquisas mostram que a concentração de forma inteligente ajudou a construir praticamente todas as grandes fortunas, enquanto essa pulverização do portfólio pode limitar a criação de riqueza. Na minha opinião, para investidores habilidosos dispostos a fazer pesquisas profundas e arriscar a própria pele, carteiras concentradas em no máximo 12 ações podem garantir retornos bem superiores, mas também acredito que concentrar em setores pode ser ruim para o Beta da carteira (volatilidade fica acentuada).

 Os Mestres Falam Contra a Diversificação

 Warren Buffett fez uma crítica dizendo que : “Diversificação é proteção contra a ignorância. Faz pouco sentido se você sabe o que está fazendo.” Seu parceiro Charlie Munger vai além, chamando a teoria acadêmica da diversificação de “quase insana”, já que ela prioriza mais o conforto psicológico de não se desviar muito da média do que a busca real por retornos superiores.

 Peter Lynch, que gerou 29% de retornos anuais gerenciando o Fundo Magellan da Fidelity, argumentou que “Não adianta diversificar em empresas desconhecidas apenas por diversificar. Em carteiras pequenas eu ficaria confortável possuindo entre três e dez ações.” Lynch acreditava que investidores individuais podiam superar profissionais precisamente porque podiam se concentrar: “A pessoa média pode se concentrar em algumas boas empresas, enquanto o gestor de fundos é forçado a diversificar.

 Stanley Druckenmiller, investidor que trabalhou no fundo do George Soros uma vez disse: “Diversificação é o conceito mais destrutivo e superestimado em nosso negócio. Olhe para George Soros, Carl Icahn, Warren Buffett. O que eles têm em comum? Fazem investimentos concentrados enormes.” Ele ataca diretamente os ensinamentos das business school: “Acho que diversificação e toda essa coisa que ensinam nas escolas de negócios hoje é provavelmente o conceito mais equivocado em todos os lugares.”

 Bill Ackman gerencia $12 bilhões em apenas 10-12 ações, afirmando que “diversificar cobre a ignorância” e argumentando que “a maioria dos investidores diversifica demais porque são preguiçosos. Não fizeram pesquisa suficiente sobre nenhuma de suas empresas.”

 Pesquisa Acadêmica e Evidências da Concentração

 Um estudo de 2020 na Review of Financial Economics descobriu que gestores que concentram a carteira demonstram habilidades superiores de market-timing e seleção de ações.

 Pesquisas do CFA Institute e outras instituições sugerem que 15-30 ações proporcionam o melhor equilíbrio entre risco e potencial de retorno. Além de 30 ações, a diversificação adicional fornece redução mínima de risco enquanto dilui retornos.

 Outra pesquisa da Universidade de Wisconsin em 72 países encontrou “uma relação positiva entre concentração de portfólio e performance de fundos”.

 Importantes Ressalvas

 Volatilidade aumenta dramaticamente com concentração. Ou seja mesmo com concentração de ativos (ações) é muito importante ter diversificação de setores.

Horizonte temporal importa criticamente.

A margem para erro é menor.

Minha sugestão a cerca da diversificação

Coisas que eu recomendo:

1- Ter no máximo 15 ações.
2- Diversificar os setores das empresas investidas.
3- Não ter apenas ações em sua carteira.

Veja o Shorts do Stanley Druckenmiller que trabalhou com o George Soros.

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